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Tantas vezes nos sentimos ansiosos por situações que nós próprios consideramos como ridículas, outras tantas até conseguimos perceber o porquê de tanta ansiedade. Mas e afinal, porque surge? Ao contrário daquilo que à primeira vista podemos pensar, a ansiedade tem o seu lado positivo e adaptativo, pois ela prepara-nos para a ação. Pensemos numa situação de avaliação, durante a qual temos que mostrar uma boa performance – ter ansiedade em dose certa nesta situação é benéfico, pois coloca-nos alerta, despertos e com a atenção necessária para a realização da tarefa. Por outro lado, pode tornar-se prejudicial quando surge em níveis elevados, e nestes casos, em vez de nos preparar para a ação acaba por ter o efeito contrário, de bloqueio.

A ansiedade, quando em níveis elevados, é despoletada por um medo exagerado face a determinada situação inócua. Esta provoca sensação de mal-estar, ritmo cardíaco acelerado, sudorese, ruborização. Em momentos extremos, os níveis de ansiedade estão tão altos que acabam mesmo por desencadear ataques de pânico, sendo estes caracterizados pelo surgimento de taquicardia, dor no peito, formigueiro generalizado, sudorese. Há quem confunda esta sintomatologia de ansiedade com problemas cardíacos, como tal é necessário uma boa avaliação.

Entretanto, ainda que a ansiedade possa ser despoletada em determinadas situações, esta também pode fazer-se sentir diariamente, a chamada ansiedade generalizada. Nestas condições, o sujeito não identifica nenhuma situação específica como geradora de ansiedade, acabando por se sentir ansioso durante o dia/ noite, manifestando-se através de um ritmo cardíaco acelerado, preocupação constante, insónias, falta ou aumento do apetite, dificuldade de concentração. 

A ansiedade é considerada portanto um quadro clínico que perturba o normal funcionamento do sujeito no seu dia-a-dia, estando a eficácia da psicologia clínica para o seu tratamento estudada e comprovada.  

Luis Carlos Batista - Psicólogo




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