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Nos dias que correm parece não se saber mais a diferença entre o que é estar deprimido e o que é estar triste. Parece haver cada vez mais uma incapacidade, uma intolerância social à tristeza, sendo que sempre que alguém está triste recorre ao médico para que lhe prescreva antidepressivos.

Mas afinal, o que é estar triste? Estar triste, é antes de mais uma condição natural a todos nós humanos bem como aos animais, digamos que é emoção básica que todos nós experimentamos. Esta condição pode resultar de várias situações, como a morte de alguém que nos é querido, ruturas de relação, quando não se consegue atingir determinado objetivo para o qual nos tínhamos proposto, quando somos mal tratados, quando não somos reconhecidos pelo nosso valor pessoal e profissional, quando nos alteram as férias e já tínhamos um destino marcado… Inúmeras situações poderiam ser aqui enunciadas. Devemos portanto ter consciência de que ficar-se triste é algo natural, que surge derivada de uma situação específica e que nada tem a ver com doença mental.

Então e a depressão? O que é estar deprimido? A depressão é uma condição patológica, que se distingue da tristeza pelo facto de a pessoa não conseguir nomear uma razão que explique o atual sofrimento. É característico de quem está deprimido não conseguir sentir mais prazer em atividades que anteriormente considerava como prazerosas, ocorrer uma diminuição do desejo sexual, haver uma diminuição ou um aumento acentuado do apetite, sem energia para assumir as responsabilidades diárias, dificuldades em dormir durante a noite, um desejo enorme de passar os dias deitado sem qualquer luz. Estes são alguns dos comportamentos típicos de quem está deprimido, e os quais perduram no tempo. Nestas situações, será necessário haver um acompanhamento psicológico e/ou o recurso a antidepressivos. No entanto, os estudos científicos sobre a depressão apontam o acompanhamento psicológico como o meio mais eficaz para o tratamento da mesma.

Luís Carlos Batista - Psicólogo




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